terça-feira, 19 de maio de 2009

"Abrangência da Medicina Legal" com Dr. Prof. Pinto da Costa

No passado dia 14 de Maio de 2009, a nossa escola teve o prazer de receber o Sr. Dr. Prof. Pinto da Costa, figura pública conhecida pela sua vasta carreira profissional, que, a convite do nosso grupo, procedeu a uma palestra sobre o tema "Abragência da Medicina Legal". Devido à capacidade do espaço, infelizmente não foi possível convidar toda a comunidade escolar. Os que assistiram certamente recordarão um bom momento, onde a boa disposição do nosso ilustre convidado foi aliada à aprendizagem, à aquisição de novos saberes e à conversação. As imagens de forte impacto visual disponibilizadas davam aso a espaço para diálogo entre a audiência e o orador, onde se discutiram casos da sua experiência profissional e se falaram de várias ciências que podem ser usadas na resolução de crimes. Mais uma vez, gostaríamos de agradecer ao Sr. Dr. Prof. Pinto da Costa pela disponibilidade e pela atenção. Muito obrigado!

terça-feira, 5 de maio de 2009

Palinologia Forense (Parte II)

Curiosidades:

Quem é Mafalda Faria?
De nacionalidade portuguesa, Mafalda Faria é um dos cinco palinólogos existentes a nível mundial. Desenvolvendo o seu trabalho na Universidade de Coimbra e no Instituto Nacional de Medicina Legal. "Para certas situações, a Palinologia é a única que pode resolver. Se, por exemplo, se encontra a arma do crime sem impressões digitais poderá ter pólen, não daquele local, mas da sua proveniência", explica a investigadora à agência Lusa. "Os agressores podem lavar o sangue, mas não os grãos de pólen, porque não os vêem, por serem microscópicos", afirma Mafalda Faria, frisando que mesmo após lavagens das roupas será possível encontrá-los nelas.



Caso de Madeleine McCann
O desapare
cimento desta menina poderia ter um diferente desfecho se os peritos de investigação tivesse amplicado esta àrea.

«A minha opinião é que, em vez de terem trazido os cães, se a tivessem trazido a ela talvez tivessem tido melhores resultados (…) A questão é que as provas recolhidas pelos cães não são aceites em tribunal, ao passo que os vestígios e as comparações de amostras da Palinologia são tidas como prova em tribunal», argumentou Mafalda Faria. Na sua opinião, o pólen poderia ter sido colhido nos objectos que a pequena Madeleine e a família usavam, nomeadamente no urso de peluche que a mãe passou a trazer sempre consigo, bem como no automóvel que utilizavam. Assim, referiu, «poderiam excluir-se algumas hipóteses colocadas e reduzir alguns suspeitos».

terça-feira, 28 de abril de 2009

Palinogia Forense (Parte I)


O que é?

É a aplicação do estudo da estrutura, disposição e dispersão do pólen e dos esporos à investigação criminal.

Esta ciência, oriunda da Botânica, tem vindo a ajudar as ciências forenses a tornar crimes perfeitos em imperfeitos. Crimes como homicídios, violações, roubos, contrafacção de medicamentos, tráfico, contrabando e ainda terrorismo estão na mira desta área cientifica.

O trabalho do palinólogo forense, consiste na selecção e recolha de amostras (plantas e sol

os de locais de crimes, drogas ilegais, etc.), na realização de tratamentos químicos e na análise microscópica.

Nos seres vivos ou cadáveres encontrados, a colheita do pólen faz-se no cabelo, na cavidade nasal e se este o possuir, no vestuário. No cenário hipotético do crime, recolhem-se amostras de solo juntamente com pólen e plantas. Após estes processos, é possível obter o perfil palinológico das amostras. No fim, para se saber a origem geográfica, ou o percurso dos objectos, é necessário determinar se associação de espécies é característica de um determinado habitat. Caracteriza-se o ambiente/habitat, por exemplo, um pinhal, uma duna, um lago.

A transferência de pólen e esporos para um objecto ou/e uma pessoa, será, pois, uma espécie de filme exacto de uma ocorrência criminal.

Se duas amostras têm a mesma origem, o seu perfil palinológico será semelhante.




terça-feira, 21 de abril de 2009

Ferramentas na Investigação - mas das quais ninguém fala, parte II

A fotografia científica auxilia sob dois aspectos muito importantes. O primeiro é em benefício do próprio perito, que terá condições de visualizar posteriormente as condições exactas do local antes de qualquer exame e, com isso, poderá auxiliá-lo, em muito, na análise geral dos vestígios. O segundo aspecto é o facto de a fotografia servir futuramente como ilustração e prestar suporte visual, junto dos mecanismos ditados pela Lei que se seguem à investigação.
Durante o desenvolvimento de todo o exame do local e do cadáver, a fotografia deverá preceder qualquer outra atitude, no sentido de evidenciar o vestígio na sua forma original. Deste modo, cada detalhe que os peritos considerem importante, deve ser também fotografado. Nesta situação, há dois tipos: fotografia de pormenor e com recurso a ultra-violetas.


Fotografia de pormenor



Fotografia com recurso a ultra-violetas

Com recurso a ultra-violetas, consegue-se identificar tatuagens que à partida seriam difíceis de se percepcionar ou, por exemplo, quais os dentes chumbados e os respectivos compósitos que, contudo, podem ser uma informação importante para a investigação.


quarta-feira, 15 de abril de 2009

Ferramentas na Investigação - mas das quais ninguém fala

Retratos Robot
Os desenhistas têm que proceder à elaboração de um retrato baseado no que várias pessoas afirmam. São, por vezes, a única fonte de identificação de um criminoso.













Croquis da cena do crime

Outro recurso importante e necessário que os peritos não podem prescindir é a elaboração de um croqui do local, onde deverá constar a localização do cadáver e principais vestígios, com respectivas medições. O importante do croqui é a visualização geral, sendo que em muitos casos não é preciso elaborá-lo à escala. Evidencia pormenores, identifica áreas e marca a movimentação do suspeito e da vítima. No caso do cadáver, é necessário marcar todas as lesões sofridas pela vítima.