segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Toxicologia - Parte II

"Todas as coisas são um veneno e nada existe sem veneno, apenas a dosagem é razão para que uma coisa não seja um veneno" (Theophrastus Bombastus von Hohenheim, conhecido como Paracelso). Uma excepção a esta regra são as matérias geneticamente manipuladas, já que nelas teoricamente apenas uma molécula é suficiente para degenerar uma célula e com isso provocar um tumor. Por isso é controverso se para estas substâncias existe um limite de dosagem.


Muitas substâncias consideradas venenosas são tóxicas apenas de forma indirecta. Um exemplo é o "álcool de madeira" ou metanol, o qual não é venenoso em si mesmo mas que é convertido em formaldeído tóxico no fígado. Muitas moléculas de narcóticos tornam-se tóxicas no fígado, um bom exemplo sendo o acetaminophen (paracetamol), especialmente na presença de álcool. A variabilidade genética de certas enzimas do fígado tornam a toxicidade de muitos compostos diferir de um indivíduo para o outro. Porque a actividade de uma enzima do fígado pode induzir a actividade de outras, muitas moléculas tornam-se tóxicas apenas em combinação com outras.

Uma actividade muito comum entre os toxicólogos é a de identificar quais as enzimas do fígado é que convertem uma molécula num veneno, ou quais os produtos tóxicos dessa conversão ou ainda em que condições e em que indivíduos essa conversão toma lugar.

O termo DL50 refere-se à dosagem de uma substância tóxica que mata 50% de uma população teste (normalmente ratos ou outros animais de testes que se usam para testar a toxicidade).

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