terça-feira, 19 de maio de 2009
"Abrangência da Medicina Legal" com Dr. Prof. Pinto da Costa
terça-feira, 5 de maio de 2009
Palinologia Forense (Parte II)
Quem é Mafalda Faria?
De nacionalidade portuguesa, Mafalda Faria é um dos cinco palinólogos existentes a nível mundial. Desenvolvendo o seu trabalho na Universidade de Coimbra e no Instituto Nacional de Medicina Legal. "Para certas situações, a Palinologia é a única que pode resolver. Se, por exemplo, se encontra a arma do crime sem impressões digitais poderá ter pólen, não daquele local, mas da sua proveniência", explica a investigadora à agência Lusa. "Os agressores podem lavar o sangue, mas não os grãos de pólen, porque não os vêem, por serem microscópicos", afirma Mafalda Faria, frisando que mesmo após lavagens das roupas será possível encontrá-los nelas.
Caso de Madeleine McCann
O desaparecimento desta menina poderia ter um diferente desfecho se os peritos de investigação tivesse amplicado esta àrea.
«A minha opinião é que, em vez de terem trazido os cães, se a tivessem trazido a ela talvez tivessem tido melhores resultados (…) A questão é que as provas recolhidas pelos cães não são aceites em tribunal, ao passo que os vestígios e as comparações de amostras da Palinologia são tidas como prova em tribunal», argumentou Mafalda Faria. Na sua opinião, o pólen poderia ter sido colhido nos objectos que a pequena Madeleine e a família usavam, nomeadamente no urso de peluche que a mãe passou a trazer sempre consigo, bem como no automóvel que utilizavam. Assim, referiu, «poderiam excluir-se algumas hipóteses colocadas e reduzir alguns suspeitos».
terça-feira, 28 de abril de 2009
Palinogia Forense (Parte I)
O que é?
É a aplicação do estudo da estrutura, disposição e dispersão do pólen e dos esporos à investigação criminal.
Esta ciência, oriunda da Botânica, tem vindo a ajudar as ciências forenses a tornar crimes perfeitos em imperfeitos. Crimes como homicídios, violações, roubos, contrafacção de medicamentos, tráfico, contrabando e ainda terrorismo estão na mira desta área cientifica.
O trabalho do palinólogo forense, consiste na selecção e recolha de amostras (plantas e sol
os de locais de crimes, drogas ilegais, etc.), na realização de tratamentos químicos e na análise microscópica.
Nos seres vivos ou cadáveres encontrados, a colheita do pólen faz-se no cabelo, na cavidade nasal e se este o possuir, no vestuário. No cenário hipotético do crime, recolhem-se amostras de solo juntamente com pólen e plantas. Após estes processos, é possível obter o perfil palinológico das amostras. No fim, para se saber a origem geográfica, ou o percurso dos objectos, é necessário determinar se associação de espécies é característica de um determinado habitat. Caracteriza-se o ambiente/habitat, por exemplo, um pinhal, uma duna, um lago.
A transferência de pólen e esporos para um objecto ou/e uma pessoa, será, pois, uma espécie de filme exacto de uma ocorrência criminal.
Se duas amostras têm a mesma origem, o seu perfil palinológico será semelhante.
terça-feira, 21 de abril de 2009
Ferramentas na Investigação - mas das quais ninguém fala, parte II
Durante o desenvolvimento de todo o exame do local e do cadáver, a fotografia deverá preceder qualquer outra atitude, no sentido de evidenciar o vestígio na sua forma original. Deste modo, cada detalhe que os peritos considerem importante, deve ser também fotografado. Nesta situação, há dois tipos: fotografia de pormenor e com recurso a ultra-violetas.
Fotografia de pormenor
Fotografia com recurso a ultra-violetas
quarta-feira, 15 de abril de 2009
Ferramentas na Investigação - mas das quais ninguém fala
Croquis da cena do crime
Outro recurso importante e necessário que os peritos não podem prescindir é a elaboração de um croqui do local, onde deverá constar a localização do cadáver e principais vestígios, com respectivas medições. O importante do croqui é a visualização geral, sendo que em muitos casos não é preciso elaborá-lo à escala. Evidencia pormenores, identifica áreas e marca a movimentação do suspeito e da vítima. No caso do cadáver, é necessário marcar todas as lesões sofridas pela vítima.