terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Anatomia Patológica Forense - parte II

Exames e perícias no âmbito da anatomia patológica forense:

1-Exames de histologia normal (biopsia/peça);
2-Exame de citologia normal (Papanicolau, urina, LCR, punção aspirativa, líquido pericárdico, líquido pleural, etc);
3-Exame ultra-estrutural (microscopia electrónica);
4- Estudo imuno-histocitoquímico;
5-Técnicas especiais;
6-Exame histológico extemporâneo (embolia gorda);
7-Consulta com revisão de registos ou repetição de estudos em material enviado a outro serviço ou laboratório com elaboração de relatório final.



Para a realização da maior parte destes exames e perícias que estão a cargo dos patologistas, é necessário recorrer-se à histologia, histopatologia, citopatologia e à citologia.
Para além disso, a intervenção dos patologistas pode estender-se a outras áreas mais específicas:


Biologia molecular - estes técnicos estudam o núcleo das células com vista a, por exemplo, averiguar anomalias do feto (diagnóstico pré-natal), detectar e quantificar cargas virais (como a hepatite B), ou estudar patologias tumurais (sobretudo o cancro);
Toxicologia forense - procede-se ao estudo de tecidos de cadáveres, para averiguar, por exemplo, se houve a ingestão de produtos químicos na hipótese de um envenenamento;
Imunocitoquímica - determinar num tumor maligno, por exemplo,qual o seu tipo, grau de evolução e de gravidade, pois deste conhecimento depende o prognóstico da doença e a terapêutica a administrar;
Veterinário - por exemplo, um médico veterinário pode recorrer à ajuda destes profissionais, caso se depare com um cão portador de uma doença que não consegue identificar.
Anatomia - que é o estudo macroscópico dos orgãos;
Morfologia - que estuda a forma dos organismos.




Quando uma amostra ou espécime chega a um laboratório de anatomia patológica,acompanhada da requisição devidamente preenchida, inicia-se uma série complexa deacontecimentos que vão culminar na emissão de um relatório final, o relatório anatomopatológico.





Este relatório é geralmente composto por cinco grandes campos:

História pregressa - contém os dados clínicos essencias (espécie, sexo, idade, raça,etc);
Exame macroscopico - contém a descrição do(s) espécime(s);
Exame microscópico;
Diagnóstico;
Notas ou comentários onde o anatomopatologista pode mencionar os diagnósticos diferenciais.

Verifica-se que em Portugal existe um grande número de laboratórios que, realizam exames e perícias no âmbito de anatomia patológica e, consequentemente de anatomia patológica forense. É positivo constatar que no nosso país, existam movimentos e associações de patologistas e técnicos de anatomia patológica para promoverem o desenvolvimento desta área.

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