terça-feira, 7 de abril de 2009

Análise de Padrões de Manchas de Sangue - Parte 2

O sangue comporta-se de maneira muito semelhante com as gotas de água derramadas. Um respingo de baixa velocidade é geralmente o resultado do gotejar de sangue para uma superfície. A força do impacto é de 1,5 metros por segundo ou menos e o tamanho dos pingos fica entre 4 e 8 mm. Esse tipo de mancha ocorre geralmente depois do golpe que é infligido à vítima e não no momento em que ele ocorre, ou seja, se uma vítima é esfaqueada e sangra pelo local do crime, as gotas resultantes serão um tipo de respingo de baixa velocidade, conhecido como respingo passivo. Os respingos de baixa velocidade também podem resultar de poças de sangue ao redor do corpo de uma vítima e de transferências (marcas deixadas por armas ou manchas e rastros deixados devido ao movimento).


Um respingo de média velocidade tem uma força entre 1,5 e 30,5 metros por segundo e o seu diâmetro geralmente não é maior do que 4 mm. Pode ser causado por um objecto sem ponta, como um bastão, ou pode ocorrer quando a pessoa é espancada ou golpeada com faca. Ao contrário do que acontece com o respingo de baixa densidade, quando uma vítima é espancada ou esfaqueada, as artérias podem ser rompidas. Se elas estiverem próximas da pele, a vítima sangra mais depressa e o líquido pode jorrar dos ferimentos enquanto o coração continua a bater. Isso resulta numa maior quantidade de sangue e num padrão bastante específico. Os analistas chamam a esse fenómeno sangue projectado.


Os respingos de alta velocidade são geralmente provocados por ferimentos de bala, embora também possam ser causados por outras armas caso o agressor aplicar muita força. Movimentam-se com uma velocidade maior do que 30,5 metros por segundo e geralmente parecem-se com um borrifo, formado por gotas pequenas, com menos de 1 mm de diâmetro. Na maioria dos casos, o respingo na parte por onde sai o tiro é bem menor do que por onde a bala entra.


O lado da arma

Se um tiro aconteceu à queima-roupa, a vítima pode apresentar marcas ou queimaduras na pele causadas pela pólvora. Tiros a partir de uma distância muito curta deixam manchas internas no cano da arma. Quando isso acontece, o sangue da vítima é sugado para dentro do revólver por causa dos gases explosivos que são libertados na hora do disparo. Examinar o cano da arma em busca de sangue pode oferecer uma pista adicional para resolver o caso.

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